Os Protagonistas do SPE em Morada Nova

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7 de Setembro 2010

quinta-feira, 2 de junho de 2011

 “Trabalho infantil: deixar de estudar é um dos riscos”

Trabalho infantil no Ceará mobiliza ilegalmente 293 mil menores

O Estado está na quinta colocação no ranking nacional da exploração do trabalho infantil, com 12,26% do total da população na faixa etária de cinco a 17 anos . No Brasil, são 4,2 milhões de meninos e meninas explorados precocemente em diversas atividades
O trabalho precoce no Ceará atinge diretamente 12,26% de sua população infantil. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de setembro do ano passado, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2009, o Ceará mantinha 293 mil crianças e adolescentes, na faixa etária de cinco a 17 anos, em situação de ocupação, de um total de 2.390.392 menores. Ou seja; 12,26% da população infanto-juvenil atua informalmente no mercado de trabalho.
No Brasil, o número chega a 4,2 milhões de meninos e meninas explorados precocemente. Os números colocam o Ceará na 5ª colocação do ranking nacional, considerando a proporção de crianças e adolescentes em situação de trabalho. O Ceará perde apenas para os estados do Tocantins (15,75%), Piauí (15,05%), Rondônia (14,93%) e Santa Catarina (14,46%).
O Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou, ontem, 4a.feira (01/06), no auditório do Banco do Nordeste (Passaré), campanha pela erradicação do problema. “Trabalho infantil: deixar de estudar é um dos riscos” foi o tema escolhido para a atividade deste ano. O intuito é alertar a população para os impactos do trabalho precoce na educação dos menores, que resultam no aumento da evasão e no baixo rendimento escolar.
Rafael Dias Marques, titular da Coordenação Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância) e procurador do Trabalho no Pará, afirma que a exploração da força de trabalho das crianças é uma das piores formas de violação dos direitos, pois impede que a mesma se desenvolva adequadamente.
“Essa criança que está hoje, em situação de trabalho, é explorada. E, quando se tornar adulta, vai continuar sendo e seus filhos provavelmente também serão. É preciso quebrar esse ciclo vicioso através de campanhas e eventos como esse, atuando na conscientização da sociedade para que ela possa ser um agente de transformação combatendo o trabalho infantil”, destaca o procurador do Pará.
Antônio de Oliveira Lima, procurador do Trabalho no Ceará e coordenador regional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente, destaca que os três campos de maior expressão do trabalho infantil no Estado são na agricultura familiar, no trabalho infantil doméstico e em atividades informais urbanas.
Fonte: www.direitoce.com.br

Um comentário:

  1. o trabalho infantil é uma vergonha, tirar o direito da criança de viver a sua infância é no mínimo desumano. além disso isso representa o fechamento das possibilidades de sucesso da sua vida futura, visto que na sociedade do conhecimento não vivenciar o processo estudantil é uma exclusão com consequências terríveis.

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